Praxeologias e análise praxeológica

Um pesquisador em didática examina as relações entre gestos (ações) e núcleos cognitivos sob diferentes condições, como o aprendizado e desaprendizado. A TAD (Teoria da Ação Didática) propõe que não há privilégios em relação aos objetos de estudo e que as relações entre instâncias, técnicas e teorias geram mudanças nos processos educativos. As praxeologias (blocos de prática e saber) e as transposições institucionais de praxeologias (mudanças na prática pedagógica) são essenciais para entender as ações didáticas. A teoria também envolve um estudo das relações entre objetos cognitivos, técnicas e justificativas, visando otimizar o ensino e o aprendizado.

Leia Mais »

Pesquisa em didática e pluralidade de instâncias

O campo de pesquisa em didática, denotado por Δ̂, envolve diferentes posições de pesquisadores, incluindo aqueles que atuam na TAD (Teoria da Análise Didática). A TAD postula que não há privilégios nas relações entre os pesquisadores e os objetos de estudo, e que a posição de “especialista” em um objeto não confere um julgamento definitivo sobre ele. O foco da pesquisa deve ser nas condições que permitem que a relação de um pesquisador com um objeto evolua, facilitando o entendimento do objeto. Para isso, é introduzida a noção de “instância de referência”, que permite analisar se a relação entre um pesquisador e o objeto é relevante ou não, ajudando a definir o núcleo cognitivo e as situações didáticas.

Leia Mais »

Dialética da investigação 

Na TAD, a investigação de uma pergunta Q consiste na ação de fornecer uma resposta A, representada pelo esquema S(X; Y; Q) ➥ A♥, onde A♥ atende a condições específicas. Durante a investigação, os envolvidos (X e Y) utilizam diversas dialéticas, como conjectura e prova, para gerar perguntas derivadas e respostas parciais, culminando na resposta final A♥ por meio da interação entre perguntas e respostas.

Leia Mais »

Congruência Semântica 

Na TAD, a congruência entre representações em diferentes registros se baseia em três critérios: 1) associação possível entre unidades significantes; 2) univocidade, onde cada unidade inicial corresponde a uma única unidade final; e 3) a mesma ordem das unidades. Se esses critérios não forem atendidos, as representações são consideradas não-congruentes. Por exemplo, “o conjunto das ordenadas é superior à abscissa” e “y > x” são congruentes.

Leia Mais »

Condições e restrições

Na Teoria Antropológica do Didático (TAD), uma condição é qualquer fator que influencia algo, podendo ser o estado de um sistema determinado por variáveis. Já uma restrição é uma condição considerada imutável para aqueles em uma posição institucional específica. Em várias áreas das ciências, busca-se transformar restrições em condições modificáveis para algumas posições institucionais.

Leia Mais »

Cognição 

Na TAD, pessoas e instituições são consideradas objetos. Um objeto existe para uma pessoa ou instituição se houver uma relação estabelecida com ele. Se a relação for nula (R(x, o) = ∅), diz-se que o objeto não existe para aquela pessoa ou instituição; se for diferente de nulo, o objeto existe e é conhecido, mesmo que minimamente, por essa pessoa ou posição institucional.

Leia Mais »