Paradoxo da devolução das situações

O texto aborda o paradoxo no processo de ensino-aprendizagem. O professor, ao tentar ensinar o conteúdo necessário, muitas vezes acaba revelando o que o aluno deve fazer, o que pode prejudicar o processo de aprendizado real, já que o aluno perde a oportunidade de aprender de forma objetiva. O paradoxo se estende ao aluno, que, se aceita o conhecimento diretamente do professor, não se apropria dele de verdade, pois não o estabelece por si mesmo. Por outro lado, se rejeitar a informação do professor, rompe a relação didática. O aprendizado, portanto, implica em aceitar a relação didática de maneira provisória e buscar ultrapassá-la.

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Devolução 

A devolução é um processo didático onde o professor transforma o aluno em um simples actante em uma situação adidática, garantindo que suas ações sejam guiadas por suas próprias necessidades e conhecimentos, e não por instruções do professor. Nessa abordagem, o professor cria uma situação que estimula a atividade do aluno sem prévias orientações, fazendo com que ele se sinta responsável pela solução, baseada em seu conhecimento prévio. A devolução promove responsabilidade, mas não culpa em caso de fracasso, contrastando com a institucionalização e estabelecendo um importante aspecto do contrato didático.

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Contrato didático 

O contrato didático é um conjunto de regras, explícitas ou implícitas, que define as obrigações e sanções entre professores e alunos em uma situação de ensino. Ele surge de uma negociação implícita entre as partes, definindo responsabilidades e expectativas. Esse contrato, entretanto, não é formal, nem consensual, e gera paradoxos na aprendizagem: ao reduzir a incerteza do aluno com orientações explícitas, o professor limita sua capacidade de compreender autonomamente. Assim, o aprendizado real acontece nas falhas e ajustes desse contrato, onde o aluno deve superar essas limitações para se apropriar do conhecimento.

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Devolução 

A devolução é um processo em que o professor coloca o aluno como um agente ativo em uma situação didática não convencional, permitindo que sua ação seja guiada por suas necessidades e conhecimentos, e não pelos procedimentos do professor. O professor propõe uma situação que estimula a atividade do aluno, fazendo-o responsável pelo resultado, que depende de seu conhecimento prévio. Essa responsabilidade não gera culpa em caso de falha, apenas reconhece as dúvidas e ignorâncias iniciais do aluno. A devolução é complementada pela institucionalização, ambas sendo intervenções didáticas essenciais no contrato didático.

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