Processo pelo qual o professor consegue em uma situação didática colocar o aluno como um simples actante em uma situação adidática (com um modelo não didático). Ele procura assegurar que a ação do aluno só seja produzida e justificada pelas necessidades do milieu e por seus conhecimentos, e não pela interpretação dos procedimentos didáticos do professor. A devolução consiste em o professor não só propor ao aluno uma situação que deve provocar uma atividade que não tenha sido acordada, mas também fazer com que o aluno se sinta responsável pela obtenção do resultado proposto, e aceitar a ideia de que a solução depende apenas do exercício do conhecimento que ele já possui. O aluno aceita uma responsabilidade sob condições que um adulto recusaria, pois se existe um problema e depois a criação do conhecimento, é porque ele primeiro tem dúvidas e ignorância. É por isso que a devolução cria uma responsabilidade, mas não uma culpa em caso de fracasso. (ver paradoxo da desconcentração)
A devolução é a contrapartida da institucionalização. Estas são as duas intervenções didáticas do professor sobre a situação “aluno – milieu – conhecimento”. É um importante elemento sui generis do contrato didático.
Texto original
Dévolution. Processus par lequel l’enseignant parvient dans une situation didactique à placer l’élève comme simple actant dans une situation a-didactique (à modèle non didactique). Il cherche par là à ce que l’action de l’élève ne soit produite et justifiée que par les nécessités du milieu et par ses connaissances, et non par l’interprétation des procédés didactiques du professeur. La dévolution consiste pour l’enseignant, non seulement, à proposer à l’élève une situation qui doit susciter chez lui une activité non convenue, mais aussi à faire en sorte qu’il se sente responsable de l’obtention du résultat proposé, et qu’il accepte l’idée que la solution ne dépend que de l’exercice des connaissances qu’il possède déjà. L’élève accepte une responsabilité dans des conditions qu’un adulte refuserait puisque s’il y a problème puis création de connaissance, c’est parce qu’il d’abord doute et ignorance. C’est pourquoi la dévolution créée une responsabilité mais pas une culpabilité en cas d’échec. (voir paradoxe de la dévolution)
La dévolution, fait pendant à l’institutionnalisation. Ce sont les deux interventions didactiques du professeur sur la situation « élève –milieu -connaissance ». Elle est un élément important sui generis du contrat didactique.