Conhecimentos, saberes 

A Teoria das Situações (T.S.) aborda o conhecimento como um meio para a tomada de decisões, escolhas e ações, diferenciando entre “conhecimentos” e “saberes”. Os conhecimentos, definidos como ideias sobre a realidade, podem ser imprecisos, enquanto os saberes são objetos de ação que apresentam estabilidade e validade. A conversão entre esses dois conceitos é fundamental na didática, pois apenas os saberes são frequentemente considerados nas avaliações, embora os conhecimentos sejam essenciais para sua aplicação. A T.S. propõe a terminologia c-knowledge e s-knowledge para evitar confusões e examina a dinâmica real entre esses tipos de conhecimento em diferentes situações.

Leia Mais »

Currículo

O conceito de currículo, originado do latim “currere” (correr), refere-se a um percurso acadêmico não normativo dentro da Teoria da Antropologia do Didático (TAD). Ele envolve uma sequência de posições acadêmicas pelas quais um indivíduo passa, desde uma posição inicial até a final, formando um percurso curricular. Cada posição possui um “equipamento praxeológico” específico, ou seja, o conjunto de conhecimentos e práticas necessários. Questões como os percentuais de progressão entre posições e os obstáculos praxeológicos influenciam o desenvolvimento curricular e a transição entre diferentes níveis de conhecimento.

Leia Mais »

Coordenação entre representações 

Esse processo representa um avanço nas competências dos alunos em coordenar sistemas semióticos, permitindo-lhes compreender e diferenciar conceitos por meio de múltiplos registros de representação. A articulação rápida desses registros é essencial para a conversão de representações e o desenvolvimento conceptual.

Leia Mais »

Conversão

A conversão é uma transformação que permite representar um objeto, situação ou informação em um registro diferente do inicial, exigindo coordenação por parte do indivíduo que a realiza. É uma mudança externa ao registro original, que traduz a mesma ideia para uma nova forma de representação.

Leia Mais »

Contrato didático 

O contrato didático é um conjunto de regras, explícitas ou implícitas, que define as obrigações e sanções entre professores e alunos em uma situação de ensino. Ele surge de uma negociação implícita entre as partes, definindo responsabilidades e expectativas. Esse contrato, entretanto, não é formal, nem consensual, e gera paradoxos na aprendizagem: ao reduzir a incerteza do aluno com orientações explícitas, o professor limita sua capacidade de compreender autonomamente. Assim, o aprendizado real acontece nas falhas e ajustes desse contrato, onde o aluno deve superar essas limitações para se apropriar do conhecimento.

Leia Mais »

Construtivismo radical 

O construtivismo radical sugere que o aluno aprende apenas o que constrói autonomamente, sem intervenção direta do professor. Contudo, isso é criticado por não garantir que o conhecimento produzido tenha o mesmo valor dos saberes consolidados na sociedade.

Leia Mais »