Forma predicativa do conhecimento

Nós exprimimos nossos conhecimentos tanto pelo que dizemos (é a forma predicativa) quanto pelo que fazemos na situação (é a forma operatória). (VERGNAUD, 2013, p. 4) As formas predicativas do conhecimento são mais analíticas do que as formas operatórias do conhecimento que nós utilizamos na ação, embora, paradoxalmente, sejam as formas operatórias a fonte das formas predicativas. Os peritos mais experientes não são capazes de colocar em palavras uma boa parte dos conhecimentos que, no entanto, utilizam na ação, que são precisamente a marca da sua experiência. Da mesma forma, as crianças não são capazes de explicitar todos os conhecimentos que contribuem para a organização racional de sua atividade. Esta defasagem entre a forma operatória do conhecimento e a sua forma preditiva motiva por si só a introdução na teoria psicológica do conceito de invariante operatório. (VERGNAUD, 2013, p. 144)

Texto Original

Forme prédicative de la connaissance. Nous exprimons nos connaissances à la fois par ce que nous en disons (c’est la forme prédicative), et par ce que faisons en situation (c’est la forme opératoire) (VERGNAUD, 2013, p. 4) Les formes prédicatives de la connaissance sont plus analytiques que les
formes opératoires de la connaissance que nous utilisons dans l’action, même si,
paradoxalement, ce sont les formes opératoires qui sont la source des formes
prédicatives. Les experts les plus expérimentés ne sont pas capables de mettre en
mots une bonne partie des connaissances qu’ils utilisent pourtant dans l’action,
lesquelles sont justement la marque de leur expertise. De même les enfants ne
sont pas capables d’expliciter toutes les connaissances qui contribuent à
l’organisation rationnelle de leur activité. Ce décalage entre la forme opératoire
de la connaissance et sa forme prédicative motive à lui seul l’introduction dans
la théorie psychologique du concept d’invariant opératoire. (VERGNAUD, 2013, p. 144)

Referências

Gérard Vergnaud (2013) Pourquoi la théorie des champs conceptuels?, Infancia y Aprendizaje, 36:2, 131-161, DOI: 10.1174/021037013806196283